Devemos amar nossos imigos?

Em Mateus 5:44, tem-se:

Ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.

Uma óbvia menção de Provérbios 19:11:

Sábio é o homem que consegue controlar seu gênio, e sua grandeza está em ser generoso e perdoador com quem o ofende!

Essa parte dito “Novo Mandamento”, convenientemente escanteado,  não tem sequer bases no bom senso. Não seria estranho é nunca ver mesmo cristãos perdoando aqueles que os acometem com pesares ou simplesmente os perdoando?

Fato: Os evangelhos canônicos não se amparam em uma ideia de moralidade própria, quando muito apenas citam termos comuns praticamente advindos dos convívios e acordos sociais humanos, isso quando não são totais perversões.

É comum ouvir dizerem que: “Amar tem a ver com respeito, não com compassividade”. Dando a ideia contorno de “respeitar pessoas, mas não ideias”, quando criticar ideias não implica em desrespeitar, entretanto considerar, exatamente.

Bom, não é o que dizem as escrituras! O termo grego presente nos ‘codex’ mais antigos, como o Sinaiticus, é Ágape, o que podemos entender como o amor divino, essencial, é irrestrito e incondicional, algo inerente e derivado da divindade.

Ágape diverge de Eros, amor sexual, ou Fileo e Storge, amor familiar, algo relacionado a parentesco e casamento. Então o que o texto pede é que amemos nossos inimigos, assim como Deuso faz, perdoando e sujeitando-se a pesar ou sofrimento!

Esse tipo de entrega, detrimento do ser e favor do todo, condição não inerente ao convívio humano, (já que se supõe que ninguém perdoe e aceite tudo o que lhe é perpetrado), é típico de seitas apocalípticas, o que era a cristandade nos primórdios.